Silva, Manuel Tomás da Vírus de genoma de RNA em mosquitos / Manuel Tomás da Silva : deteção molecular, caracterização genética e isolamento em culturas de células de mosquito ; orient. Ricardo Parreira, Paulo Gouveia de Almeida,

Vírus de genoma de RNA em mosquitos / Manuel Tomás da Silva : deteção molecular, caracterização genética e isolamento em culturas de células de mosquito ; orient. Ricardo Parreira, Paulo Gouveia de Almeida, . - Lisboa : NOVA Medical School, 2019 . - xi, 87 p. : il. . -
O Algarve é uma zona de confluência de diversos fatores, entre os quais o elevado interesse turístico, a proximidade ao norte de África e sul de Espanha e a presença de aves migratórias, que fazem dele um ponto de interesse para o estudo de arbovírus em Portugal. Para tal, foi rastreada a presença de Flavivirus, alguns Orthobunyavirus e Phlebovirus em mosquitos colhidos nesta região. Simultaneamente, numa colaboração com Moçambique, foi realizado um rastreio idêntico em diferentes populações de mosquitos naquele país. Dos 2.837 mosquitos capturados no Algarve, foram analisados 1.801, divididos em 50 lotes. Nestes foi possível identificar três amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, 11 com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. A análise das sequências de flavivírus mostrou homologia com sequências de flavivírus específicos de insetos que se sabe circularem no Algarve. Contudo, uma vez feita a análise filogenética das sequências que aparentavam ter origem em Phlebovirus, foi constatado que não estavam incluídas neste género, mas sim num género por denominar, pertencente à família Phenuiviridae. Dos mosquitos provenientes de Moçambique, foi possível obter 20 amplicões compatíveis com a presença de Flavivirus, sete com a presença de Phlebovirus mas nenhuma com a presença de Orthobunyavirus. Uma vez realizada a análise filogenética das sequências originárias de flavivírus, foi possível verificar que todas elas pertenciam ao grupo monofilético dos flavivírus específicos de insetos clássicos. As sequências que se esperava derivarem de flebovírus agruparam fora deste género, estando distribuídas pela família Phenuiviridae. Por fim, de modo a tentar confirmar se as sequências obtidas no decorrer deste trabalho tiveram origem em vírus viáveis e de maneira a tentar obter o genoma completo dos vírus, estes foram tentativamente isolados em células C6/36. Contudo, embora tenham sido isolados vírus, destes pareceu corresponder aos detetados durante o rastreio efetuado Arboviruses
Academic Dissertation
Portugal
Mozambique

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