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Striatal plasticity upon learning of a lateralized motor task / Ana Margarida Marques Pinto ; orient. Daniela Pereira, Rui M. Costa, Rita Teodoro

Main Author Pinto, Ana Margarida Marques Secondary Author Pereira, Daniela
Costa, Rui M.
Teodoro, Rita
Publication Lisboa : NOVA Medical School, 2021 Description xviii, 108 p. : il. Abstract RESUMO: Os circuitos dos núcleos da base estão crucialmente envolvidos na aquisição, aprendizagem e consolidação de habilidades motoras. O corpo estriado é a principal região de input dos núcleos da base e é composto principalmente por neurónios médios do estriado (medium spiny neurons, MSNs). As espículas dendríticas dos MSNs representam um importante local de plasticidade sináptica nos núcleos da base. Embora tenha sido demonstrado que a plasticidade sináptica funcional do MSN ocorre num contexto de aprendizagem motora, não se sabe se esta é acompanhada por plasticidade estrutural, ou seja, por mudanças no número, tamanho e/ou padrão espacial das espículas dendríticas. Neste estudo, o nosso objetivo consistiu em caracterizar o desempenho motor e a atividade do corpo estriado na aprendizagem de habilidades motoras, com o objetivo final de estudar a plasticidade estrutural na aprendizagem motora. Treinamos ratinhos numa tarefa operante individualizada, em que uma recompensa é obtida após pressionar uma alavanca quatro vezes. À medida que o treino avança, a posição e retração da alavanca impõem lateralidade, permitindo o estudo das sequências de movimento realizadas por um único membro anterior. Durante o treino, os ratinhos melhoraram o seu desempenho e aprenderam a realizar a tarefa com apenas uma das patas dianteiras, aumentando o número total de movimentos de pressão sobre a alavanca por minuto e organizando o comportamento em sequências de movimentos. Através da deteção da trajetória da pata baseada em vídeo, examinamos ainda mais a cinemática do movimento durante a aprendizagem da tarefa e descobrimos que a variabilidade da trajetória da pata durante a pressão sobre a alavanca não diminuiu significativamente durante o treino. Para identificar as células que estiveram ativas na última sessão da tarefa motora e, portanto, com maior probabilidade de terem sofrido plasticidade sináptica, realizamos uma imunohistoquímica contra c-Fos, um gene de expressão rápida frequentemente usado como marcador de plasticidade neuronal. Usando um pipeline de deteção de células no cérebro inteiro, conseguimos detetar células que expressam c-Fos e mapeá-las no atlas de uma maneira imparcial, usando fatias de cérebro fixadas de ratinhos sacrificados 1h após a última sessão de treino. Os nossos resultados preliminares sugerem que animais treinados na tarefa apresentam mudanças ligeiras na expressão de c-Fos no hemisfério contralateral à pata treinada. Estas mudanças parecem ser consistentes em regiões envolvidas na aprendizagem e desempenho motor nos animais treinados, e incluem o corpo estriado, a camada 5 do córtex motor primário e a região do membro superior do córtex somatossensorial primário. Finalmente, procuramos estabelecer as ferramentas e técnicas necessárias para estudar a plasticidade estrutural em fatias fixadas do cérebro. Otimizamos uma nova abordagem viral para obter uma marcação pouco densa de MSNs, permitindo a visualização e reconstrução de toda a árvore dendrítica de MSNs individuais, incluindo espículas dendríticas. Usando microscopia confocal de alta resolução, em conjunto com softwares de deconvolução e análise de espículas dendríticas, adquirirmos imagens e reconstruimos as espículas dendríticas do MSN e caracterizamos a morfologia das mesmas. Descobrimos que os D1-MSNs têm uma preponderância de espículas do tipo mushroom, seguidas por espículas do tipo thin e stubby, com os filopodia constituindo apenas uma pequena fração do número total das protuberâncias dendríticas. O nosso trabalho estabeleceu as técnicas e metodologias básicas que permitirão estudos futuros sobre a densidade, volume e distribuição das espículas dendríticas em neurónios que recentemente sofreram plasticidade após aprendizagem motora. Essas experiências, por sua vez, irão avançar a nossa compreensão de como a computação de inputs pelos MSNs muda durante a aprendizagem motora, com implicações importantes para o estudo e tratamento de doenças motoras.
ABSTRACT: The basal ganglia circuits are critically involved in the acquisition, learning and consolidation of motor skills. The striatum is the major input region of the basal ganglia and is mainly composed of medium spiny neurons (MSNs). MSN dendritic spines represent a major site of synaptic plasticity in the basal ganglia. While MSN functional synaptic plasticity has been shown to occur in the context of motor learning, it remains unknown whether it is accompanied by structural plasticity, i.e., by changes in the number, size and/or spatial pattern of dendritic spines. In this study, we aimed to characterize motor performance and striatal activity upon motor skill learning, with the ultimate goal of studying structural plasticity upon motor learning. We trained mice in a self-paced operant task where a reward is obtained after pressing a lever four times. As training progresses, the position and retractability of the lever impose laterality, allowing the study of movement sequences performed by a single forelimb. During training, mice improved their performance and learned to perform the task with only one forepaw, increasing the total number of lever presses per minute and organizing their behavior in sequences of lever presses. Using video-based paw trajectory detection, we further dissected movement kinematics during task learning, and found that paw trajectory variability during lever press did not significantly decrease throughout training. To identify cells that were active in the last session of the motor task, and therefore more likely to have undergone synaptic plasticity, we performed immunostaining against c-Fos, an immediate early gene commonly used as a neuronal plasticity marker. Using a whole-brain cell detection pipeline, we were able to achieve unbiased cell detection and atlas mapping of c-Fos expressing cells, using fixed brain slices of mice sacrificed 1h after the last training session. Our preliminary results suggest that task-trained animals have subtle changes in c-Fos expression in the contralateral hemisphere to the trained paw. These changes appeared to be consistent across regions involved in motor learning and performance in task-trained animals that include the striatum, primary motor cortex layer 5, and upper limb region of the primary somatosensory cortex. Finally, we sought to establish the tools and techniques needed to study structural plasticity in fixed brain slices. We optimized a novel viral approach to achieve sparse labelling of MSNs, allowing the visualization and reconstruction of the whole dendritic arbor of single MSNs, including dendritic spines. Using high-resolution confocal microscopy, together with deconvolution and spine analysis software, we were able to image and reconstruct MSN dendritic spines and characterize spine morphology. We found that D1-MSNs have a preponderance of mushroom spines, followed by thin and stubby spines, with filopodia making up just a small fraction of overall dendritic protrusions. Our work has established the basic techniques and methodologies that will allow future studies on dendritic spine density, volume and distribution in neurons that recently underwent plasticity upon motor learning. Those experiments will, in turn, advance our understanding of how MSN input computation changes during motor learning, with important implications for the study and treatment of movement disorders.
Topical name Striatal Plasticity
Movement Disorders Treatment
Academic Dissertation
Index terms Universidade NOVA de Lisboa
NOVA Medical School
Dissertação de Mestrado
Investigação Biomédica
2021
CDU 616 Online Resources Click here to access the eletronic resource http://hdl.handle.net/10362/118630
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Holdings
Item type Current location Call number url Status Date due Barcode
Documento Eletrónico Biblioteca NMS|FCM
online
RUN http://hdl.handle.net/10362/118630 Available 20210321

RESUMO: Os circuitos dos núcleos da base estão crucialmente envolvidos na aquisição, aprendizagem e consolidação de habilidades motoras. O corpo estriado é a principal região de input dos núcleos da base e é composto principalmente por neurónios médios do estriado (medium spiny neurons, MSNs). As espículas dendríticas dos MSNs representam um importante local de plasticidade sináptica nos núcleos da base. Embora tenha sido demonstrado que a plasticidade sináptica funcional do MSN ocorre num contexto de aprendizagem motora, não se sabe se esta é acompanhada por plasticidade estrutural, ou seja, por mudanças no número, tamanho e/ou padrão espacial das espículas dendríticas. Neste estudo, o nosso objetivo consistiu em caracterizar o desempenho motor e a atividade do corpo estriado na aprendizagem de habilidades motoras, com o objetivo final de estudar a plasticidade estrutural na aprendizagem motora. Treinamos ratinhos numa tarefa operante individualizada, em que uma recompensa é obtida após pressionar uma alavanca quatro vezes. À medida que o treino avança, a posição e retração da alavanca impõem lateralidade, permitindo o estudo das sequências de movimento realizadas por um único membro anterior. Durante o treino, os ratinhos melhoraram o seu desempenho e aprenderam a realizar a tarefa com apenas uma das patas dianteiras, aumentando o número total de movimentos de pressão sobre a alavanca por minuto e organizando o comportamento em sequências de movimentos. Através da deteção da trajetória da pata baseada em vídeo, examinamos ainda mais a cinemática do movimento durante a aprendizagem da tarefa e descobrimos que a variabilidade da trajetória da pata durante a pressão sobre a alavanca não diminuiu significativamente durante o treino. Para identificar as células que estiveram ativas na última sessão da tarefa motora e, portanto, com maior probabilidade de terem sofrido plasticidade sináptica, realizamos uma imunohistoquímica contra c-Fos, um gene de expressão rápida frequentemente usado como marcador de plasticidade neuronal. Usando um pipeline de deteção de células no cérebro inteiro, conseguimos detetar células que expressam c-Fos e mapeá-las no atlas de uma maneira imparcial, usando fatias de cérebro fixadas de ratinhos sacrificados 1h após a última sessão de treino. Os nossos resultados preliminares sugerem que animais treinados na tarefa apresentam mudanças ligeiras na expressão de c-Fos no hemisfério contralateral à pata treinada. Estas mudanças parecem ser consistentes em regiões envolvidas na aprendizagem e desempenho motor nos animais treinados, e incluem o corpo estriado, a camada 5 do córtex motor primário e a região do membro superior do córtex somatossensorial primário. Finalmente, procuramos estabelecer as ferramentas e técnicas necessárias para estudar a plasticidade estrutural em fatias fixadas do cérebro. Otimizamos uma nova abordagem viral para obter uma marcação pouco densa de MSNs, permitindo a visualização e reconstrução de toda a árvore dendrítica de MSNs individuais, incluindo espículas dendríticas. Usando microscopia confocal de alta resolução, em conjunto com softwares de deconvolução e análise de espículas dendríticas, adquirirmos imagens e reconstruimos as espículas dendríticas do MSN e caracterizamos a morfologia das mesmas. Descobrimos que os D1-MSNs têm uma preponderância de espículas do tipo mushroom, seguidas por espículas do tipo thin e stubby, com os filopodia constituindo apenas uma pequena fração do número total das protuberâncias dendríticas. O nosso trabalho estabeleceu as técnicas e metodologias básicas que permitirão estudos futuros sobre a densidade, volume e distribuição das espículas dendríticas em neurónios que recentemente sofreram plasticidade após aprendizagem motora. Essas experiências, por sua vez, irão avançar a nossa compreensão de como a computação de inputs pelos MSNs muda durante a aprendizagem motora, com implicações importantes para o estudo e tratamento de doenças motoras.

ABSTRACT: The basal ganglia circuits are critically involved in the acquisition, learning and consolidation of motor skills. The striatum is the major input region of the basal ganglia and is mainly composed of medium spiny neurons (MSNs). MSN dendritic spines represent a major site of synaptic plasticity in the basal ganglia. While MSN functional synaptic plasticity has been shown to occur in the context of motor learning, it remains unknown whether it is accompanied by structural plasticity, i.e., by changes in the number, size and/or spatial pattern of dendritic spines. In this study, we aimed to characterize motor performance and striatal activity upon motor skill learning, with the ultimate goal of studying structural plasticity upon motor learning. We trained mice in a self-paced operant task where a reward is obtained after pressing a lever four times. As training progresses, the position and retractability of the lever impose laterality, allowing the study of movement sequences performed by a single forelimb. During training, mice improved their performance and learned to perform the task with only one forepaw, increasing the total number of lever presses per minute and organizing their behavior in sequences of lever presses. Using video-based paw trajectory detection, we further dissected movement kinematics during task learning, and found that paw trajectory variability during lever press did not significantly decrease throughout training. To identify cells that were active in the last session of the motor task, and therefore more likely to have undergone synaptic plasticity, we performed immunostaining against c-Fos, an immediate early gene commonly used as a neuronal plasticity marker. Using a whole-brain cell detection pipeline, we were able to achieve unbiased cell detection and atlas mapping of c-Fos expressing cells, using fixed brain slices of mice sacrificed 1h after the last training session. Our preliminary results suggest that task-trained animals have subtle changes in c-Fos expression in the contralateral hemisphere to the trained paw. These changes appeared to be consistent across regions involved in motor learning and performance in task-trained animals that include the striatum, primary motor cortex layer 5, and upper limb region of the primary somatosensory cortex. Finally, we sought to establish the tools and techniques needed to study structural plasticity in fixed brain slices. We optimized a novel viral approach to achieve sparse labelling of MSNs, allowing the visualization and reconstruction of the whole dendritic arbor of single MSNs, including dendritic spines. Using high-resolution confocal microscopy, together with deconvolution and spine analysis software, we were able to image and reconstruct MSN dendritic spines and characterize spine morphology. We found that D1-MSNs have a preponderance of mushroom spines, followed by thin and stubby spines, with filopodia making up just a small fraction of overall dendritic protrusions. Our work has established the basic techniques and methodologies that will allow future studies on dendritic spine density, volume and distribution in neurons that recently underwent plasticity upon motor learning. Those experiments will, in turn, advance our understanding of how MSN input computation changes during motor learning, with important implications for the study and treatment of movement disorders.

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