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Anticorpos anti-interleucina 1 e 6 em doentes com pneumonia com empiema pleural / Fábio Daniel Simões Gomes ; orient. Catarina Martins, Luís Miguel Borrego

Main Author Gomes, Fábio Daniel Simões Secondary Author Martins, Catarina
Borrego, Luís Miguel Nabais
Language Português. Country Portugal. Publication Lisboa : NOVA Medical School, Universidade NOVA de Lisboa, 2019 Description xvii, 92 p, : il. Dissertation Note or Thesis: Dissertação de Mestrado
Microbiologia Médica
2019
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade NOVA de Lisboa
Abstract Inicialmente relatados apenas em doentes com patologias inflamatórias crónicas, anticorpos anticitocinas inflamatórias (AACi) existem em indivíduos saudáveis. O seu significado não está definitivamente estabelecido, podendo ser protetores ou neutralizadores das citocinas que reconhecem. A pneumonia é um evento infecioso frequente na população pediátrica, porém o quadro de desenvolvimento de empiema subsequente não está bem esclarecido. Considerando esta complicação como sinal de resposta inflamatória inadequada, pode considerar-se nestes quadros a presença de AACi, em particular anti-IL-6 e anti-IL-1β, já que são elementos-chave da resposta inflamatória. Assim, propusémo-nos estudar estes AACi em doentes com pneumonia com empiema (PCE) e sem empiema (PSE), em doentes com Diabetes mellitus tipo 1 (DMT1), como condição de doença autoimune, e controlos saudáveis. Não se verificaram diferenças na generalidade dos dados demográficos e parâmetros inflamatórios avaliados. Todavia, as crianças PCE mostraram ser tendencialmente mais jovens, e com parâmetros inflamatórios mais elevados. A IL-6 mostrou-se a citocina mais abundante, sobretudo presente nos doentes com pneumonia, e a IL-1β foi praticamente indetetável no grupo PCE, sendo sobretudo frequente no grupo DMT1, apontando para diferentes perfis inflamatórios em doentes com background autoimune ou com inflamação associada a infeção bacteriana. A presença de autoanticorpos anti-IL-1β foi residual, mas os anti-IL-6 mostraram-se bastante prevalentes, verificando-se que no grupo PCE a sua presença era menor. Curiosamente, doentes com pneumonia seropositivos para anticorpos anti-IL-6 mostraram razão Neutrófilos/Linfócitos aumentada, um elemento a favor da ação dos autoanticorpos na resposta da citocina. A concentração de autoanticorpos pode ser também relevante, como sugere a observação do doente com maior título de anti-IL-6 ter a menor contagem de leucócitos. Este estudo reforça a necessidade de apronfundar esta temática em coortes de maior dimensão, desenvolvendo ensaios que permitam esclarecer de que forma as citocinas são reguladas pelos respetivos autoanticorpos, caracterizando-os qualitativa e quantitativamente, por exemplo em plataformas multiplex, que carecem ainda de maior robustez analítica. Topical name Autoantibodies
Pneumonia
Empyema
Academic Dissertation
Portugal
Online Resources Click here to access the eletronic resource http://hdl.handle.net/10362/92373
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Item type Current location Call number url Status Date due Barcode
Documento Eletrónico Biblioteca NMS|FCM
online
RUN http://hdl.handle.net/10362/92373 Available 20210025

Dissertação de Mestrado Microbiologia Médica 2019 Faculdade de Ciências Médicas, Universidade NOVA de Lisboa

Inicialmente relatados apenas em doentes com patologias inflamatórias crónicas, anticorpos anticitocinas inflamatórias (AACi) existem em indivíduos saudáveis. O seu significado não está definitivamente estabelecido, podendo ser protetores ou neutralizadores das citocinas que reconhecem. A pneumonia é um evento infecioso frequente na população pediátrica, porém o quadro de desenvolvimento de empiema subsequente não está bem esclarecido. Considerando esta complicação como sinal de resposta inflamatória inadequada, pode considerar-se nestes quadros a presença de AACi, em particular anti-IL-6 e anti-IL-1β, já que são elementos-chave da resposta inflamatória. Assim, propusémo-nos estudar estes AACi em doentes com pneumonia com empiema (PCE) e sem empiema (PSE), em doentes com Diabetes mellitus tipo 1 (DMT1), como condição de doença autoimune, e controlos saudáveis. Não se verificaram diferenças na generalidade dos dados demográficos e parâmetros inflamatórios avaliados. Todavia, as crianças PCE mostraram ser tendencialmente mais jovens, e com parâmetros inflamatórios mais elevados. A IL-6 mostrou-se a citocina mais abundante, sobretudo presente nos doentes com pneumonia, e a IL-1β foi praticamente indetetável no grupo PCE, sendo sobretudo frequente no grupo DMT1, apontando para diferentes perfis inflamatórios em doentes com background autoimune ou com inflamação associada a infeção bacteriana. A presença de autoanticorpos anti-IL-1β foi residual, mas os anti-IL-6 mostraram-se bastante prevalentes, verificando-se que no grupo PCE a sua presença era menor. Curiosamente, doentes com pneumonia seropositivos para anticorpos anti-IL-6 mostraram razão Neutrófilos/Linfócitos aumentada, um elemento a favor da ação dos autoanticorpos na resposta da citocina. A concentração de autoanticorpos pode ser também relevante, como sugere a observação do doente com maior título de anti-IL-6 ter a menor contagem de leucócitos. Este estudo reforça a necessidade de apronfundar esta temática em coortes de maior dimensão, desenvolvendo ensaios que permitam esclarecer de que forma as citocinas são reguladas pelos respetivos autoanticorpos, caracterizando-os qualitativa e quantitativamente, por exemplo em plataformas multiplex, que carecem ainda de maior robustez analítica.

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