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Impact of infant feeding on the development of preterm gut microbiota / Juliana Pereira Morais ; orient. Ana Faria, Cláudia Marques

Main Author Morais, Juliana Pereira Secondary Author Faria, Ana
Marques, Cláudia
Language Inglês. Publication Lisboa : NOVA Medical School, 2019 Description xii, 69 p. : il. Abstract RESUMO: Introdução: Os bebés prematuros são especialmente vulneráveis a disbiose intestinal, uma vez que o seu microbiota é pouco abundante e diverso. O momento em que os primeiros microrganismos colonizam o intestino do recém-nascido é uma questão em aberto. Sabe-se que o microbiota materno pode influenciar a colonização do intestino dos bebés, tendo um papel crucial no desenvolvimento dos sistemas imunitário e endócrino, assim como na saúde metabólica dos mesmos. A alimentação tem sido descrita como um dos fatores mais importantes que influencia o microbiota da criança. Neste sentido, estudar o microbiota intestinal de bebés prematuros é uma prioridade para complementar os cuidados alimentares neonatais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos diferentes tipos de alimentação infantil no microbiota intestinal de bebés prematuros. Mais ainda, foi analisada a colonização microbiana do mecónio destes bebés e a influência da transmissão vertical. Metodologia: O FEEDMI é um estudo observacional e longitudinal que inclui bebés muito prematuros (≤ 32 semanas de gestação) hospitalizados nos cuidados intensivos neonatais da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Foram recolhidas quatro amostras de mecónio e fezes de bebés prematuros. Às mães também foi pedido que fizessem uma recolha das suas fezes e que respondessem a um questionário de frequência alimentar. O ADN bacteriano foi extraído das amostras e grupos específicos de bactérias foram quantificados por RT-PCR. Resultados: No total, foram processadas 453 amostras fecais de 117 bebés prematuros e das suas mães. 88% das amostras de mecónio estavam colonizadas. Proteobacteria e Firmicutes foram os filos mais abundantes durante os primeiros 26 dias. O microbiota do mecónio de bebés nascidos entre as 28 e 32 mostrou ter correlações mais fortes com o microbiota das suas mães, assim com nos bebés nascidos por cesariana. A via de parto teve um efeito reduzido no mecónio dos bebés, sendo que a cesariana promoveu quantidades mais elevadas de E. coli. A influência da alimentação infantil no microbiota dos bebés prematuros não é imediata. Quando ajustado para idade gestacional, antibioterapia e dieta materna, o leite da própria mãe (LPM) promoveu um microbiota intestinal mais saudável com quantidades mais elevadas de bactérias totais e Bifidobacterium, quando comparado com o leite de dadora (LD) e formula. Contudo, estas diferenças foram inferiores nos prematuros alimentados com LD do que com formula. Também foram observados quantidades inferiores de Firmicutes nos bebés alimentados com fórmula, quando ajustado para os mesmos fatores. Conclusão: Os resultados desta tese sugerem que o mecónio poderá ter ADN bacteriano antes do nascimento e fatores maternos podem ter um papel central neste processo. Mais ainda, esta tese evidência a importância do LPM na composição do microbiota intestinal de bebés nascidos prematuramente.
ABSTRACT: Background: Preterm infants are especially vulnerable to dysbiosis since their early gut microbiota is less abundant and diverse. When the first microbial colonizers reach infants’ gut remains an open question. It is assumed that maternal microbiota can influence the infants’ gut colonization, making it a critical player in the offspring’s immune and endocrine systems, as well as in metabolic health. Infant feeding has been reported as a major factor influencing the gut microbiota. Thus, studying the preterm infant gut microbiota is a research priority to complement nutritional neonatal care. Objective: The aim of this study was to evaluate the influence of different types of infant-feeding on the gut microbiota preterm infants. In addition, it was evaluated the preterm infants’ meconium colonization and the influence of vertical microbiota transmission. Methodology: The FEEDMI Trial is an observational longitudinal study that included very preterm infants (≤ 32 weeks of gestational age), hospitalized in the neonatal intensive care unit of Maternidade Dr. Alfredo da Costa. A total of four meconium and fecal samples from preterm infants were collected. Mothers were also asked to collect their fecal samples. Bacterial DNA present was extracted from samples and specific bacterial groups were quantified by RT-PCR. Results: In total, 453 fecal samples were processed from 117 preterm infants and their mothers. 88% of meconium samples were colonized. Proteobacteria and Firmicutes were the most abundant phyla during the first 26th postnatal days of infants. Meconium microbiota of preterm infants born between 28 and 32 weeks gestation showed stronger correlations with their mothers’ microbiota, as well as infants born by cesarean. Maternal factors significantly influenced the offspring’s microbiota, specially the pre-gestational body mass index. Mode of delivery had a limited impact on infants’ meconium with C-section promoting a greater amount of E. coli. Infant feeding takes time to influence the gut microbiota of preterm infants. When adjusted for gestational age, antibiotherapy and maternal diet, mothers’ own milk (MOM) promoted a healthier gut microbiota with higher levels of total bacteria and Bifidobacterium compared to donor human milk (DHM) and formula. Nevertheless, these differences were lower in DHM than formula fed infants. It was also observed lower levels of Firmicutes in infants fed with formula after adjusting for the same factors. Conclusions: The findings of this thesis suggest that infants’ meconium may have bacterial DNA prior to birth and maternal factors may have a central role in this process. Furthermore, this thesis highlights the importance of human milk on gut microbiota composition of infants prematurely-delivered with MOM promoting higher levels of total bacteria and Bifidobacterium, which may be translated in future healthier outcomes.
Topical name Intestinal Microbiota
Infants
Breast Milk
Academic Dissertation
Index terms Dissertação de Mestrado
Investigação Biomédica
Universidade NOVA de Lisboa
NOVA Medical School
2019
CDU 616 Online Resources Click here to access the eletronic resource http://hdl.handle.net/10362/87923 List(s) this item appears in: Teses NL
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Item type Current location Call number url Status Date due Barcode
Monografia Biblioteca NMS|FCM
MOR3 TeseM-2019 http://hdl.handle.net/10362/87923 Presencial/Restrito 20210119NL

RESUMO: Introdução: Os bebés prematuros são especialmente vulneráveis a disbiose intestinal, uma vez que o seu microbiota é pouco abundante e diverso. O momento em que os primeiros microrganismos colonizam o intestino do recém-nascido é uma questão em aberto. Sabe-se que o microbiota materno pode influenciar a colonização do intestino dos bebés, tendo um papel crucial no desenvolvimento dos sistemas imunitário e endócrino, assim como na saúde metabólica dos mesmos. A alimentação tem sido descrita como um dos fatores mais importantes que influencia o microbiota da criança. Neste sentido, estudar o microbiota intestinal de bebés prematuros é uma prioridade para complementar os cuidados alimentares neonatais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos diferentes tipos de alimentação infantil no microbiota intestinal de bebés prematuros. Mais ainda, foi analisada a colonização microbiana do mecónio destes bebés e a influência da transmissão vertical. Metodologia: O FEEDMI é um estudo observacional e longitudinal que inclui bebés muito prematuros (≤ 32 semanas de gestação) hospitalizados nos cuidados intensivos neonatais da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Foram recolhidas quatro amostras de mecónio e fezes de bebés prematuros. Às mães também foi pedido que fizessem uma recolha das suas fezes e que respondessem a um questionário de frequência alimentar. O ADN bacteriano foi extraído das amostras e grupos específicos de bactérias foram quantificados por RT-PCR. Resultados: No total, foram processadas 453 amostras fecais de 117 bebés prematuros e das suas mães. 88% das amostras de mecónio estavam colonizadas. Proteobacteria e Firmicutes foram os filos mais abundantes durante os primeiros 26 dias. O microbiota do mecónio de bebés nascidos entre as 28 e 32 mostrou ter correlações mais fortes com o microbiota das suas mães, assim com nos bebés nascidos por cesariana. A via de parto teve um efeito reduzido no mecónio dos bebés, sendo que a cesariana promoveu quantidades mais elevadas de E. coli. A influência da alimentação infantil no microbiota dos bebés prematuros não é imediata. Quando ajustado para idade gestacional, antibioterapia e dieta materna, o leite da própria mãe (LPM) promoveu um microbiota intestinal mais saudável com quantidades mais elevadas de bactérias totais e Bifidobacterium, quando comparado com o leite de dadora (LD) e formula. Contudo, estas diferenças foram inferiores nos prematuros alimentados com LD do que com formula. Também foram observados quantidades inferiores de Firmicutes nos bebés alimentados com fórmula, quando ajustado para os mesmos fatores. Conclusão: Os resultados desta tese sugerem que o mecónio poderá ter ADN bacteriano antes do nascimento e fatores maternos podem ter um papel central neste processo. Mais ainda, esta tese evidência a importância do LPM na composição do microbiota intestinal de bebés nascidos prematuramente.

ABSTRACT: Background: Preterm infants are especially vulnerable to dysbiosis since their early gut microbiota is less abundant and diverse. When the first microbial colonizers reach infants’ gut remains an open question. It is assumed that maternal microbiota can influence the infants’ gut colonization, making it a critical player in the offspring’s immune and endocrine systems, as well as in metabolic health. Infant feeding has been reported as a major factor influencing the gut microbiota. Thus, studying the preterm infant gut microbiota is a research priority to complement nutritional neonatal care. Objective: The aim of this study was to evaluate the influence of different types of infant-feeding on the gut microbiota preterm infants. In addition, it was evaluated the preterm infants’ meconium colonization and the influence of vertical microbiota transmission. Methodology: The FEEDMI Trial is an observational longitudinal study that included very preterm infants (≤ 32 weeks of gestational age), hospitalized in the neonatal intensive care unit of Maternidade Dr. Alfredo da Costa. A total of four meconium and fecal samples from preterm infants were collected. Mothers were also asked to collect their fecal samples. Bacterial DNA present was extracted from samples and specific bacterial groups were quantified by RT-PCR. Results: In total, 453 fecal samples were processed from 117 preterm infants and their mothers. 88% of meconium samples were colonized. Proteobacteria and Firmicutes were the most abundant phyla during the first 26th postnatal days of infants. Meconium microbiota of preterm infants born between 28 and 32 weeks gestation showed stronger correlations with their mothers’ microbiota, as well as infants born by cesarean. Maternal factors significantly influenced the offspring’s microbiota, specially the pre-gestational body mass index. Mode of delivery had a limited impact on infants’ meconium with C-section promoting a greater amount of E. coli. Infant feeding takes time to influence the gut microbiota of preterm infants. When adjusted for gestational age, antibiotherapy and maternal diet, mothers’ own milk (MOM) promoted a healthier gut microbiota with higher levels of total bacteria and Bifidobacterium compared to donor human milk (DHM) and formula. Nevertheless, these differences were lower in DHM than formula fed infants. It was also observed lower levels of Firmicutes in infants fed with formula after adjusting for the same factors. Conclusions: The findings of this thesis suggest that infants’ meconium may have bacterial DNA prior to birth and maternal factors may have a central role in this process. Furthermore, this thesis highlights the importance of human milk on gut microbiota composition of infants prematurely-delivered with MOM promoting higher levels of total bacteria and Bifidobacterium, which may be translated in future healthier outcomes.

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